Quase a metade dos brasileiros usam a internet para consultar sintomas de doenças | Panorama Farmacêutico – Imã de geladeira e Gráfica Mavicle-Promo

Os
médicos alertam sobre os perigos da automedicação e de como se comprometem a
saúde

Pesquisa
recente do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), afirmou que:
40,9% dos brasileiros usam a internet para consultar os sintomas da doença e
automedicar. Os dados revelam também que a Vitória ocupa uma posição de destaque no
o ranking, sendo a segunda capital – juntamente com Salvador (BA) – com o maior número
de pessoas que realizam o auto-exame na internet, com um percentual de 59%.

O
geriatria do São Bernardo Apart Hospital, Héctor Spagnol dos Santos, afirma que
a conduta esconde perigos e riscos graves para a saúde, já que não há
controle de qualidade na internet. “Há sites interessantes e que têm algum
apoio, mas a maioria deles não tem embasamento científico ou o agente de monitoramento.
As pessoas escrevem o que pensam e sentem. E quem está fazendo a pesquisa em
a internet tende a entrar no primeiro site que aparece, procurando
justamente a informação que possa representar algum tipo de alerta e de
o recurso de apelação”.

De acordo com
o médico, a pessoa se fixa na informação que pode ser o pior da doença. Se o
escrever dor de barriga, ela lê algo que vincule a dor de barriga a um tumor ou
a um câncer, por exemplo, em vez de pensar sobre as causas mais prováveis da dor,
como intoxicação por algum alimento ou o uso inadequado de uma determinada bebida ou
uma virose, a pessoa vai acabar considerando justamente a hipótese de que pode
representar 0,01% das causas de dor na barriga.

“O
problema de fazer uma consulta na internet, é não ter a capacidade de discernir o
o que é certo e plausível do que não é. Isso é muito preocupante. Me dou conta de que
muitos pacientes já chegam ao consultório munidos de informações na internet e
de sites não confiáveis”, ressalta o geriatra.

Prescrição

Uma
vez que um medicamento prescrito, o que não deve ser utilizado em uma
ocasião futura, sem consulta médica. “É uma atitude incorreta. Um sintoma não é
específico de uma única doença. Um mesmo sintoma pode estar presente em
várias doenças. Uma tosse pode estar presente em um quadro alérgico, em um
quadro de pneumonia ou doença do refluxo, por exemplo. Se o paciente
apresentou uma tosse, e foi caracterizado como direito a um resfriado, tomou
a medicação e resolveu a tosse, tudo bem. Mas, se depois de um tempo, torna-se
ter a ter tosse e a tomar o mesmo medicamento sem consultar o médico, corre-se o
risco de estar tendo, na verdade, outra doença que não o quadro alérgico como a
doença do refluxo. E o tratamento neste caso é completamente diferente”,
explica o geriatra.

O
o médico acrescentou que, ao agir assim, desta forma, existe o risco de que o paciente
deixar passar uma doença que é mais importante, tratando o problema de forma
tardia, com risco de complicações.

Heitor
alerta que todos os medicamentos têm algum tipo de risco, incluindo os
considerados naturais. “É preciso ter cuidado com a polifarmácia, que é quando
o paciente toma cinco ou mais medicamentos diferentes. Estes fármacos
naturais interagem com as outras que o paciente já está tomando. Ele acha que é um
calmante natural para dormir, quando, na realidade, este calmante pode interagir
com o remédio de diabetes, a pressão alta e o colesterol. Até mesmo os medicamentos
naturais e suplementos vitamínicos só devem ser tomados pelo paciente
a partir do momento em que há liberação pelo médico”.

Para o geriatra, a situação dos medicamentos já melhorou bastante. Há cerca de 10 anos, os antibióticos eram vendidos sem receita médica e que, hoje em dia, a necessidade de controle. Ainda é grande a dificuldade de os pacientes terem acesso a um médico no Brasil. “Sabemos que essa carência, por que temos que incentivar a criação de políticas públicas que valorizem a disponibilidade de mais médicos para os pacientes e oferecer prontos-chamadas com o menor tempo de espera”, finaliza, Héctor Spagnol.

Fonte: Folha Vitória

Fonte: panoramafarmaceutico.com.br/2019/01/14/quase-metades-dos-brasileiros-usam-a-internet-para-consultar-sintomas-de-doencas

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