A Terapia deve ser multimodal, envolvendo medicamentos, apoio psicológico e social
O alcoolismo na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS), e é descrito como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido uso de álcool. Entre os sintomas mais comuns são: o forte desejo de beber, dificuldade de controlar o consumo (não pode parar de beber depois de ter começado), o uso continuado, apesar das consequências negativas, a uma maior prioridade dada ao uso da substância em detrimento de outras actividades e obrigações, aumento da tolerância e o possível estado de abstinência física.
De acordo com a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti, o tratamento do alcoolismo deve ser multimodal e pode envolver, além do medicamento, suporte psicológico e social. “Como todos os medicamentos, aqueles utilizados para o alcoolismo também apresentam reações adversas, contra-indicações, interações medicamentosas e, portanto, para cada um deles, é necessária a realização de uma avaliação cuidadosa da condição do paciente e os riscos de cada medicamento”, acrescenta.
Entre os fármacos disponíveis para o tratamento do alcoolismo, estão:
Disulfiram: é um dos mais antigos utilizados para este fim, no entanto, o indivíduo deve permitir a sua utilização, e deve ter conhecimento prévio das reações desagradáveis que podem provocar quando ingerido com bebidas alcoólicas. Pode causar o efeito antabuse, que é caracterizada por rubor facial, dor de cabeça, aumento da frequência respiratória, dor no peito, tonturas, sudorese, náuseas e vômitos. Em função das manifestações decorrentes de sua administração, na presença de álcool, o indivíduo se sente desestimulado considerando as reações desagradáveis que vai consumir álcool.
Naltrexona: é um fármaco análogo sintético da oximorfina, utilizado como antagonista opioide, na dependência do álcool. Inibe o consumo de álcool, através do bloqueio pós-sináptico de determinados receptores opióides nas vias mesolimpicas. O mecanismo de ação o alcoolismo ainda não está completamente esclarecido, mas sugere-se a participação do sistema opioide endógeno, cujo objetivo é inibir o consumo de álcool, através do bloqueio pós-sináptico de determinados receptores opióides nas vias mesolimpicas. O medicamento é capaz de inibir a região do cérebro que interpreta o uso de drogas ou o consumo de álcool como um prazer.
Acomprosato: elimina a actividade inibidora os receptores de gaba, previamente desequilibrada. Além disso, inibe o sistema excitatório com o pensador, representado pelo glutamato. É um inibidor da atividade excitatória glutamatérgica, tendo efeitos terapêuticos sobre os mecanismos envolvidos no alcoolismo.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock
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o consumo excessivo de álcool, medicamentos para o tratamento do alcoolismo
Fonte: guiadafarmacia.com.br/quais-sao-os-tratamentos-indicado-para-o-alcoolismo