De acordo com dados da Nielsen, a adesão é maior entre os consumidores de classe média
No segmento de marcas próprias, as farmácias foram as que mais conseguiram acentuar e totalizam um aumento de 19,8%, passando de R$ 149,35 milhões contabilizados entre 2016 e 2017, para R$ 178,9 milhões, entre agosto de 2017 e agosto de 2018, conforme dados da Nielsen. No canal Cash&Carry, conhecido popularmente como ” atacarejo, o segmento também apresentou um desempenho positivo, com um crescimento de 13,5%, saindo de R$ 429,22 milhões para R$ 487,19 milhões, na mesma base de comparação. “Nos demos conta de que a relevância do canal farma vem crescendo nos últimos anos. Em 2018, por exemplo, o faturamento foi de 7,7 vezes maior do que em 2010. Esta alta é a conseqüência de uma mudança no comportamento do consumidor, que promove uma nova dinâmica de compras”, afirma o diretor de atendimento ao varejo da Nielsen, Roberto antes da juve. “O consumidor procura, em farma, a variedade de sortimentos, que não encontra no atacarejo, por exemplo. Neste canal, o consumidor se permite passar mais tempo nas gôndolas e se mostra aberto a experimentações, o que não é tão comum no resto”, acrescenta.
Marcas próprias no canal farma
Os lares brasileiros estão adotando cada vez mais as marcas próprias de farmácia. Em 2017, o número de lares que efetuaram a compra chegou a 1,3 milhões, um crescimento de 29% com relação ao ano de 2016. O ticket médio ficou em torno de R$ 14,26, aumento de 2,3%; e a freqüência de compra cresceu em 2%, chegando a 1,5 vezes pela casa.
Neste canal, a aderência é ainda maior entre os consumidores de classe média e os gastos das famílias de fidelização de clientes aumentou em 6%. “A classe média descobriu os produtos de marcas próprias da rede de farmácias, que se destaca entre os novos lares compradores. Os produtos fidelizam, atraem mais os custos e ganham maior freqüência de compra em dois pontos percentuais”, explica.
Posicionamento de preço intermediário/baixo
Entre as quinze principais categorias de marcas próprias analisadas pela Nielsen, há uma maior concentração naquelas que são consideradas como marcas de preço médio/baixo (65%), seguidas pelas de preço médio-alto (21%) e, por último, as mais baratas (14%). No entanto, os produtos de preços médios altos foram os únicos que apresentaram crescimento (10,9%). As de baixo preço, tiveram retração de 13,5% e baixos meios total queda de 9,9%. “Quando falamos de marcas próprias, não só o preço é importante, mas acima de tudo, a forma em que a marca se posiciona para o consumidor. Tem que ficar claro para o consumidor qual é a proposta de valor entregue, que justifique o preço dela, seja uma opção mais barata ou de um produto premium (com diferenciais e de alto valor agregado”, diz Roberto antes da juve.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock
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