O comércio da capital paulista fecha dezembro, com uma média de crescimento de 2,6% no movimento de vendas (à vista e a prazo), em comparação com igual mês de 2017, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). As operações a prazo (3,1%) superaram as vendas à vista (2,1%) em dezembro. “O aquecimento das vendas de ventilador e ar condicionado, que são bens duráveis com vendas a prazo, ilustra bem este cenário”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), que comentou também a falta de um destes elementos nas lojas devido ao aumento da demanda. Já para o sistema à vista, Burti, aponta para a alta das vendas de produtos ligados à estação, como os de moda praia. “De um modo geral, na comparação entre anos de idade, o período foi beneficiado pelos juros baixos e pela injeção de recursos do 13º salário”, explica. Variação mensal Em relação a novembro deste ano, as vendas em dezembro atingiu 27,8%, percentagem que se encontra dentro da média dos últimos três anos (28%). Segundo Burti, o sistema a longo prazo registou um aumento de 0,7%, devido ao Black Friday. “O Black Friday aqueceu as vendas de novembro, agindo como se se tratasse de uma liquidação antes do Natal e tirando um pouco as vendas desta data comemorativa”. Para ele, a alta do dólar em dezembro, foi outro aspecto que enfraqueceu a venda de artigos importados, como os eletrônicos. A elevação das vendas à vista (54,9%) aponta para a melhoria do poder de compra dos consumidores. “O ano termina bem para os comerciantes que vendam produtos de menor valor”, diz Burti.Acumulado No acumulado de 2018, a varejo de são paulo registrou alta média de 2,2%, sendo o crescimento de 5,9% nas vendas a prazo e queda de 1,5% nas vendas à vista. “Apesar de um ano problemático para o comércio – como a greve dos caminhoneiros, a saída do Brasil da Copa do Mundo, a incerteza sobre as eleições e o clima instável na capital do estado–, conseguimos fechar o ano com um resultado melhor do que o de 2017, que foi de 1,1%”, analisa Burti. De acordo com ele, o índice aponta para uma tendência de recuperação, que pode ser melhorada com o aumento da confiança dos consumidores e empresários e, assim, impulsionar a atividade econômica do País em 2019. O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP, com base em uma amostra da Boa Vista Serviços.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico