O refluxo atinge mais da metade dos brasileiros – Guia da Farmácia – Imã de geladeira e Gráfica Mavicle-Promo

A investigação da FBG indica, além disso, que 46% não sabem a diferença entre os tratamentos

A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), realizou o maior e mais recente mapeamento sobre o impacto da doença do refluxo gastroesofágico na população brasileira. O resultado mostra um quadro alarmante: 51% afirmam sofrer com o refluxo semanalmente, além de outros sintomas como a azia e a queimação de estômago (azia), que também podem ser indícios do problema.

O refluxo gastroesofágico ocorre quando o alimento ingerido para o esôfago, junto com o ácido gástrico do estômago, causando uma sensação de queimação e azia. Isso ocorre em razão de um erro no esfíncter esofágico inferior, que funciona como uma válvula, não deixando que o alimento digerido, que está no estômago volta para o esôfago. Quando o refluxo é muito frequente, pode ser indício de um quadro mais grave, conhecida como “a Doença do Refluxo Gastroesofágico’, que pode ter uma série de complicações.

Quem sofre de refluxo?

Segundo o estudo da FBG, o refluxo gastroesofágico afeta 51% dos entrevistados. Entre eles, mulheres, obesos, sedentários e fumantes, entre 36 a 47 anos, representam o grupo que mais sofre desta condição.

Produtos industrializados, fritos e gordurosos e o refluxo estão diretamente ligados, já que a frequência entre aqueles que são afetados é maior após as refeições (40%). Entre os que consomem esse tipo de alimento e se queixam do problema, 85% são obesos. A associação da bebida alcoólica e tabaco também é outro fator que intensifica a sensação para 54% dos fumantes.

Refluxo x gestação

O estudo revelou, ainda, que 85% das mulheres relataram ter sentindo o refluxo em algum momento da gestação. Entre os factores que levam a que a maior ocorrência são: aumento da pressão intra-abdominal para o crescimento do útero e relaxamento do esfíncter (músculo) inferior do esôfago, que fica entre o esôfago e o estômago. Ele se torna mais intenso e frequente a partir de 27 semanas de gestação, com mais possibilidades de se desenvolver em mulheres que já tiveram este problema antes ou já estiveram grávidas.

O refluxo e a rotina

Segundo o estudo, a acidez e o ardor são mais recorrentes entre os brasileiros, 51% e 47%, respectivamente, após a ingestão de alimentos específicos. Como exemplo, a especialista cita pratos e petiscos com grande quantidade de especiarias ou refrigerantes, estes últimos devido a gases e acidez concentrados.

A azia é a que causa o desconforto mais intenso entre 33% da população. Para 74%, a qualidade do sono é o aspecto mais prejudicado. Além disso, de acordo com o estudo, 70% afirmam já ter sentido algum deles durante o horário de trabalho e 68% queixam-se de que tem a rotina social deteriorada, o que os impede de realizar atividades cotidianas.

Tratamentos

De acordo com a pesquisa, quase metade dos entrevistados não sabem a diferença entre o sal de frutas, antiácidos, leite de magnésia, protetor gástrico e alginato, sendo que a utilização incorrecta pode causar danos aos usuários.

O sal de fruta é um dos tratamentos mais recorrentes entre a população: 5 de cada 10 fazem quando sentem algum dos sintomas. “Dependendo da freqüência e da gravidade dos sintomas, pode não ser eficaz, já que tem uma ação imediata e passageira. Depois de um tempo de uso , o medicamento aumenta o pH do estômago, estimulando efeito rebote com a produção de mais acidez pode agravar os sintomas do refluxo”, explica o presidente da FBG, Dr. Flávio Quilici.

Já o alginato, ainda pouco conhecido pela população, já que, de acordo com o estudo, apenas 6% recorrem ao medicamento com o mesmo princípio ativo, é muito eficaz na luta contra o refluxo além de possuir ação de longo prazo, por até 4 horas. Atua formando uma barreira mecânica que impede as sensações de queimação e azia comuns nos quadros de refluxo. “O tratamento depende do estádio da doença. Perder peso, evitar alimentos e bebidas que contribuem para agravar o refluxo, comer pequenas porções, não se deitar logo após as refeições, além da prática de exercícios físicos e acompanhamento clínico, que também contribuem para uma melhor qualidade de vida”, finaliza o Dr. Quilici.

Sobre o estudo

O levantamento da FBG foi realizado em junho de 2018, ouviu mais de 3.000 pessoas, de ambos os sexos, em todas as regiões do País. Foi apresentado durante a XVII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), o maior evento médico dedicado à especialidade na América Latina, que teve lugar em São Paulo entre os dias 17 e 20 de novembro. “Nosso objetivo foi descrever os principais sintomas, as causas e o impacto do refluxo na vida das pessoas, além de demonstrar os tipos de tratamento recorrentes. Os resultados mostraram um grande desconhecimento, uma vez que os principais sintomas do refluxo, como a azia e a queimação de estômago, conhecida popularmente como ardor, também podem ser indício de uma simples má digestão. Além disso, 46% da população não sabe a diferença entre os principais tipos de tratamento. O refluxo quando não identificado e tratado corretamente, pode gerar complicações muito graves”, alerta o Dr. Quilici.

Fonte: Guia da Farmácia

Imagem: Shutterstock

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Fonte: guiadafarmacia.com.br/refluxo-atinge-mais-da-metade-dos-brasileiros

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