A inflação médica é o indicador usado no reajuste de preço dos planos de saúde. Um dado que chama a atenção é a previsão de alta do primeiro prêmio: 100.000% em 2019.
Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a ausência de registro da Anvisa proíbe – como regra geral – o fornecimento de medicamento por decisão judicial. Uma das exceções é quando há um diagnóstico de doença rara (hemofilia) e, mesmo nesses casos, é necessário cumprir três requisitos: a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil; a existência de registro da medicação em importantes agências de regulação no exterior; e a inexistência de substituto terapêutico, com registro no Brasil.
A decisão pode acabar com milhares de solicitações de medicamentos importados fato à Justiça e que o impacto de um complexo indicador de saúde chamado inflação médica. A propósito do tema, a Aon, empresa com foco em serviços profissionais, produziu-se um estudo sobre o chamado Tendências Globais dos Custos de Saúde no ano de 2019. Feito em 130 países, a comissão europeia estimou que a inflação médica ao redor do mundo. E há algumas surpresas pouco agradáveis.
A Venezuela em primeiro lugar
Uma delas é que a inflação médica global média prevista para este ano será de 7,8%. Esse percentual, no entanto, está muito acima da inflação convencional ou económica, que terá um crescimento de cerca de 3% em todo o mundo para este ano.
O Brasil tem a terceira maior taxa de inflação médica para esse ano, com uma previsão de 17%. No entanto, nem o País e o segundo da Argentina, com 25% de alta para este) chegam perto do primeiro lugar: Venezuela com 100.000% para 2019.
“Os números para a América Latina e o Caribe continuam muito altos. Em 2019, estima-se que a taxa geral de inflação anual da região é de 4,7%. Os três países com as maiores variações são Venezuela, Argentina e Brasil, com mais de 100.000%, 25% e 17%, respectivamente.”, aponta Nicolau Jiménez, Líder do google Analytics Aon na América Latina.
Fonte: Portal Consumidor Moderno