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Notícias , 26 de setembro de 2018.

As perdas no varejo chegam a r$ 19,5 bi no Brasil

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Foto Humberto Teski

Como forma de apresentar oficialmente ao mercado, a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) promoveu, no dia 19 de setembro, no auditório da Totvs, em São Paulo, o 1º Fórum Abrappe de Prevenção de Perdas. Na ocasião, a entidade apresentou a pesquisa de perdas, que reuniu as principais empresas varejistas independentes em 11 segmentos, um recorde histórico de participação (clique aqui para ter acesso ao estudo). O estudo aponta um índice médio de perdas de 1,29%, que representa r$ 19,5 bilhões da receita do setor em 2017, estimada em R$ 1,51 trilhão, valor suficiente para “criar” a sexta maior empresa de varejo do Brasil em faturamento, atrás apenas do Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Walmart, Por Varejo e Lojas Americanas.

A investigação desenvolvida pela Abrappe, com a consultoria de EY, reúne dados do atacarejo, calçados, construção/casa, drogarias, eletro/móveis, esportes, livrarias/papelarias, revistas, moda, perfumaria e supermercados, que foram avaliados sob a coordenação de Carlos Eduardo Santos, presidente da associação formada por representantes de mais de 500 empresas de varejo. Os dados foram pesquisados junto a uma centena de empresas, que compartilharam seus números, estratégias e visões sobre o tema.

Os segmentos analisados, o de supermercados e livrarias/papelarias, com 1,94% e 1,46%, respectivamente, foram os únicos que registraram índices de perdas acima da média nacional. O ranking dos top 6 ainda reúne a varejo de esportes (1,21%), moda (1,20%), drogarias (1,04%) e atacarejo (1,03%). A varejo de esportes e o atacarejo, além de perfumaria, são os segmentos que foram avaliados de forma inédita no estudo. Até então, a investigação mais completa reunia apenas oito segmentos. “Eu vejo um avanço com relação ao uso das tecnologias em diversas áreas da indústria e isso não poderia ser de outra forma, quando falamos de gestão de perdas. O uso de tecnologias disruptivas é o futuro para o combate às perdas e garante a diminuição dos índices de perdas na operação de varejo. Um ponto muito importante é a forma de seus gestores lidarão com estas mudanças e como se reflete na área da prevenção”, afirma Luciano Albertini, sócio líder de consultoria em matéria de governança, risco e conformidade da EY.

Em boa parte dos segmentos avaliados por Abrappe, há um equilíbrio entre as perdas não identificadas (furtos, rupturas, falhas de stock, etc) e as quebras operacionais (produto vencido, o dano causado pela manipulação, etc.). Os desequilíbrios, com tendência à ruptura operacionais, foram produzidos em atacarejos (0,72%), drogarias (0,61%) e supermercados (1,03%). As perdas não foram identificadas, por sua vez, predominam nas áreas de livrarias/papelarias (0,88%), revistas (0,43%), moda (0,90%) e perfumaria (0,35%)

Os roubos, os grandes vilões do varejo

Quebras operacionais, com 35%, e os roubos externos, com 24%, e os furtos internos, com 15%, são os principais fatores causadores de perdas. Somando-se as duas modalidades, os furtos, os que ocupam a liderança da lista. Erros de inventários e erros administrativos, com 10% e 9%, respectivamente, compõem o ranking das cinco principais causas.

Em quebras operacionais, o vencimento dos produtos (24%) e artigos danificados pelos clientes (18%) ou o manuseamento incorrecto dos próprios funcionários (13%), além da deterioração/perecibilidade (16%) são as principais causas das perdas. “Em alguns segmentos do comércio brasileiro, a margem líquida é de 2%. Neste contexto, as perdas de 1,3% são muito importantes para a rentabilidade de qualquer negócio”, argumenta o presidente da Abrappe.

Difundir a cultura de prevenção de perdas

Diante de todo esse cenário de perdas no Brasil, a Abrappe surge com o objetivo de contribuir com a redução das perdas e aumentar a rentabilidade do comércio e da indústria no Brasil. “As perdas, não importa de que tipo, são prejudiciais para qualquer empresa, independentemente de seu tamanho. No dia-a-dia de qualquer diretor dessa área ou do negócio, o controle e a prevenção eficaz das perdas estão entre os maiores desafios. Por isso defendemos que os profissionais e o departamento de prevenção de perdas devem ser estratégicos em qualquer empresa”, diz Santos.

A constituição da Abrappe foi estabelecida em setembro de 2017, durante o encontro entre dez profissionais de prevenção de perdas, em São Paulo. Além da presença na capital, sedes regionais integram a associação, por meio das unidades da Comissão de Prevenção de Perdas, Auditoria e Gestão de Riscos (CPAR).

Apesar de o maior investimento das empresas brasileiras em prevenção de perdas globais no comércio nacional, que na última década registram uma média de 2% do faturamento, são maiores que as encontradas em países como Estados Unidos (1,27%), Alemanha (1,08%) e Japão (1,35%). Em todo o mundo, os estudos revelam que os varejistas perdem US$ 123,4 milhões de dólares por ano.

Fonte: Abrappe

 

 

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