O PRIMEIRO CENTRO DE INOVAÇÃO DA P&G NA AMÉRICA LATINA FOI INAUGURADO NA CIDADE DE GUADALAJARA, NO INTERIOR DE SÃO PAULO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Foi inaugurado hoje (07/05), o primeiro centro de inovação da P&G na América Latina (Latin America Innovation Center, ou LAICA, na sigla em inglês). Segundo a empresa, a localização – vila velha, na região de Campinas (SP) – foi escolhida em função de vantagens estratégicas, como o talento técnico de alto nível, proximidade com universidades de ponta e uma infra-estrutura adequada. O espaço, que realizará atividades de pesquisa e desenvolvimento para toda a América Latina, conta com recursos como robôs, impressoras 3D e dispositivos conectados a internet das coisas (IoT).
Dos 13 centros da multinacional em todo o mundo, o LEIGO é o único que integra fábrica, desenvolvimento de produto e linha de produção. Desde que as primeiras operações do centro iniciaram-se ainda em 2017, o processo que une estes três pontos, que já se tornou o mais ágil. “Se antes o tempo entre a criação e a distribuição do produto é de dois anos, hoje já é uma realidade em nove meses”, afirma Juliana Azevedo, ceo da P&G no Brasil. Segundo ela, é necessário reduzir ainda mais este período. “Para vencer este desafio, queremos trabalhar como uma startup enxuta, dando autonomia para que as pessoas agem nas áreas determinadas.”
De acordo com o CEO do google, as pesquisas com consumidores servirão de base para o funcionamento do centro. Tudo vai começar em uma área que simula uma casa de 100 m2. Enquanto que os consumidores testam os produtos que utilizam em seu dia-a-dia na cozinha, quarto, banheiro e lavanderia, cientistas avaliam, por trás de vidros espelhados, todos os detalhes de seu comportamento, de modo de como manipulam as embalagens até a quantidade que se usa de cada elemento. O local contará com sensores e equipamentos de biometria para medir a reação dos consumidores aos produtos testados.
Em uma segunda fase, os resultados das investigações continuarão para laboratórios de protótipos e de embalagens, prosseguindo depois de cada departamento específico, como os produtos para lavagem de roupas, fraldas e absorventes íntimos, por exemplo. “O brasileiro é um consumidor mais exigente. Se você puder satisfazê-lo, é mais fácil adaptar o produto para outros mercados”, afirma Juliana. “Este foi um dos motivos por que instalamos o centro aqui.”
Outro fator decisivo foi a intenção de melhorar a posição de P&G no mercado nacional. “Ainda há um enorme potencial de crescimento. Apesar de ser o terceiro maior mercado de P&G em uma escala global, a empresa ainda não tenha atingido 20% do market share no Brasil”, afirma.
“Ao contrário do europeu, que avalia somente o preço, o consumidor brasileiro presta muita atenção à relação custo-benefício, principalmente no caso das classes com menor poder aquisitivo”, diz Juliana. “Passar o valor de nossos produtos para o consumidor é a nossa missão mais importante.
O investimento de us$ 200 milhões no LAICO é parte de uma estratégia mais ampla de transformação digital da empresa. Nos últimos cinco anos, foram investidos R$ 2 bilhões em inovação. Além disso, o centro também servirá para estreitar alianças com startups, empresas parceiras, ONGs e universidades.
Um dos laboratórios do centro de inovação da P&G, em Guadalajara (SP). (Foto: Divulgação)UM DOS LABORATÓRIOS DO CENTRO DE INOVAÇÃO DA P&G, EM GUADALAJARA (SP). (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Fonte: O Tempo